Entrei nos 25. 25, na linguagem-de-hoje-em-dia, seria um coração aberto, retalhado. Acho que o meu assim se encontra um pouco. Vinte-e-cinco. 25. Comecei a pensar nos diversos significados do número 25 e comecei a ver algumas coisas: tem raiz exata (5), é um quarto de 100 (1 quarto de 100 ou 1/4 de 100), uma idade estranha. As mudanças são mais internas do que externas. São mais refletidas. Baseadas nos eventos da vida. Que nem foram tantos assim, mas foram eventos que de certa forma formaram meu próprio tribunal. Odeio ser o juiz. Ter que julgar alguma coisa baseado nas minhas experiências. Mas, todos fazem isso. O tempo todo. Até a criança que não põe mais a mão na tomada, ou porque levou uma bronca, ou porque levou um choque. Percebe? Ela levou. Pegou algo que não estava com ela, julgou, decidiu e opinou. FAZEMOS ESCOLHAS O TEMPO TODO. Não estou num dos meus melhores dias. Talves escolhas minhas e dos outros em relação as minhas me fizeram estar assim. Ter 25 anos hoje, não foi uma coisa que eu escolhi. Mas meus pais talves sim. Eles me fizeram. A vida daqui pra frente, e mesmo antes de escrever essa linha, acontece por decisões. Até a própria essa linha. Pense na linguagem. É uma coisa viva também. Não existem regras efetivas capazes de nos julgar culpados ou inocentes. Fazemos coisas, mantemos diálogo. Mesmo as vezes sem proferir uma palavra com a boca. Talves você nunca tenha escutado minha voz. Mas eu esboço um diálogo com você através daqui. Estou pensando no que estou escrevendo, você está lendo, e fazendo-produzindo novos pensamentos. As fichas caem. O cartão passa. A linguagem dialoga. Sempre um diálogo diferente. Sempre algo novo. mesmo que seja qual for a idade, coisas novas, baseadas nas velhas-novas, nascem. É uma ruminação de idéias de fatos. Os 25 vão e voltam na minha cabeça. E me fazem o novo momento. O novo dia. Um novo eu a cada dia. mesmo com coisas que não mudam. Aliás, essas existem?
Há: pernas e braços, vertigens e beijos, merdas e flores!
Há: pernas e braços, vertigens e beijos, merdas e flores!
Um comentário:
Guilherme,
Você escreve de uma forma fluida, como uma brisa boa. Não uam brisa que não perceba que é brisa, mas uma brisa que quer mexer em roupas no varal, quer bater portas, quer afastar cortinas. Uma brisa que quer ser furacão.
Bonito e forte.
Gostei.
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