Bem vindo!

Bem vindo!

A hora... tic tac tic tac

Conte até sessenta. Eu espero. Agora até sessenta mais 59 vezes. Os números tem que ter um espaço da batida do coração. Contou?

Pois é. Isso é 1 hora. Na minha hora, que é tempo para caramba, coloco coisas sobre as outras 23. Desde movimentos a sonhos. Do preto ao branco. Do sóbrio ao bêbado. De um dente a uma banguela. Você não gasta uma hora para ver aqui...

Fala "PRA" que é mais rápido e mais bonitinho e economiza tempo!

Nessa hora,

há: braços e pernas, beijos e vertigens, flores e merda!

terça-feira, 31 de março de 2009

um dia depois de ontem

Se tem uma coisa que eu gosto de fazer é dar risada! E nada melhor como um dia após o outro para consolidar meus risos. Essa história de que quem ri por último ri melhor tá. Mas e quem ri constantemente? Não, isso não é burrice. Não, também não é bobice. É uma forma boa de encarar a vida! As rugas demoram mais, a Avon não ganha tanta grana assim... Na verdade, faz um bem enorme rir! Libera hormônio bom no corpo! Sem essa de botar nomes. Aliás, obrigado Ju. Foi uma homenagem. Eu sinto suas boas intenções. HhaAUHAuAuAHUA. Onde já se viu! Risada com ponto final! hauHAuAhUAHAuAhU Para (pra) mim deveria ser assim: risada ser escrita sem ponto algum! Quem conhece a pessoa vai fazer uma noção. Meu professor de literatura dizia que eu tenho um fluxo de consciência grande! Na verdade eu afirmo que é como se fosse um hiperlink constante! Que é quase a mesma coisa... Mas, na minha tecnologia, as janelas anteriores ficam abertas, e para se fechar as outras é necessário uma conclusão... Isso me leva a falar muito. Então, na somatória dos dias, vão sendo criadas teses acerca das coisas. Verdadeiras dissertações completas. Sempre sendo renovadas por comentários e inovações! Viva o hiperlink!

Há: braços e pernas, beijos e vertigens, flores e merda!

domingo, 29 de março de 2009

"Big Brother is watching you"



O que será um "irmão mais velho"? Um "grande irmão"? Aqui na sociedade, a gente tem a idéia de que o irmão mais velho é aquele que protege a irmã mais nova, o responsável por ela... Ou pode-se falar que um grande irmão é um cara que é muito especial. Muito amigo. Mas o que será que se passava nas caraminholas de Orwell? Não sei. Mas o cara foi um visionário. Não que ele teve algum tipo de previsão. Antes que alguém pergunte, li sim esse livro. Faz alguns anos já. É altamente estigante. A pressão que o personagem sofre é absurda. Aliás, cá entre nós, ali é posto a fala dele. Mas todos ali sofriam pressões gigantescas também. Só que esses caras, que estão dentro desse jogo do livro, são todos da política. Têm cargos políticos. E eles decidem as regras que os outros estarão submissos. A pressão é insuportável. O Big Brother verificava pela tele-tela. Era assustador. Só que as coisas levam as pessoas a pensarem. É como se se gritassem PENSEM! PENSEM! PENSEM! PENSE! As pessoas tinham medo de pensar! Viviam uma consolidação do efeito da inércia provocada pelo medo. Quando o personagem acorda, ou dorme por efetivo, é quando a inércia o leva ao vácuo. Sem falar no verbo assistir. Esse é ambiguo torto mesmo. Assistir: dar assistência. Assistir: ver algo. Opa! Quando se dá assistência, não se fica só assistindo alguma coisa. Ajuda. Dá a mão. O pé. Ou o que necessitar. Então, está na hora de se mudar o sentido do verbo. Pense! Deixe de assistir as coisas e dê assistência a elas. Naquilo que você puder! Faça! Aja!


Só há se agir!

sábado, 28 de março de 2009

sentindo a coisa rara em um quarto de cem anos



Em tempos de pensamentos fartos, surgem pessoas em nossas vidas. Daquelas que já conhecíamos de outros cantos. Mas que de repente entram com mais calor. Mais fogo. De amizade, ou sei lá o que. Mas vem. É ótimo conhecer pessoas assim. Pessoas diferentes daquelas que conhecemos. Aliás, eita frase absurda. Todas as pessoas são diferentes. Mas existem diferenças que são mais iguais. As que conseguem conviver. Aquelas que apreciam a convivência. Deu de me dar alguns goles de conselho. Engasguei... Mas foi bom! Coloquei pra fora coisas que não são de mim, mas vem até mim. Sei lá por quem. As vezes pela simples vida de outro. Ou pelos próprios pensamentos meus. Fiz então uma poesia. De uma frase que me veio com as cinzas do cigarro. Eu sou um quarto de cem anos. 1/4 de 100 anos. Por causa dos meus 25. Percebi que tenho uma idade séria dee se viver. Uma idade poética. e fiz uma poesia. Aqui vai ela.

a minha casa já tem mais de mil anos
suas janelas dão direto para o céu
seus corredores deixam as salas bem nos cantos
e as paredes ainda são feitas de papel

eu sou um quarto de cem anos
deitam na cama e posso sentir o mel
um quarto com seus próprios desenganos
meus vinte e cinco pendurados num cordel

não tem portas que separem os cômodos
nem fechaduras que protejam o anel
ficamos escondidos atrás de panos
cobertores e lençóis fazem a vez de quartel

eu sou um quarto de cem anos
daquela cama até posso sentir o fel
é um quarto onde podemos e amamos
os nossos atos não são apenas mais um creu

aqui podemos ser quem desejamos
Dartanhã, Aramis ou até mesmo Rapunzel
eu pra você traço os meus próprios planos
ser Porthos e Athos num imenso carrossel

eu sou um quarto de cem anos
no trem do século vou com lápiz e papel
e anoto os meus desejos sobre-humanos
encaixando as vertigens ao nosso léu

naquela casa há outros quartos construídos
pra existir os outros cobram aluguel
essa é a vida que temos e ganhamos
com nossos sonhos desenhados com um pincel

eu sou um quarto
um quarto de cem anos
inventando outro sentido em meu painel
pendurando outras imagens e novos planos
pra vivermos como
juiz e réu
justiceiro e coronel
Caim e Abel
Você e eu




Há: tudo sobre quatro!

Coisíssima Raríssima (Coisa Rara - Tatiana Rocha)

Não tá no jeito de olhar eu sei que não
Não tá no gosto paladar também tá não
Não é um brinde de esperança ou sedução
Mas tem um que de coisa boa tentação
É como filme que começa eu sei que é bom
Mas o final quem é que sabe a direção
É coisa rara, o nosso encontro é coisa rara
A gente é gente diferente
A nossa história é só da gente
É sem legenda ou tecla sap
Assim de fora é bem maluco
Meio tarado com eunuco
É solidão na multidão (é multidão na solidão)
Enquanto um vice o outro versa
Enquanto um cala outro confessa
E a gente fica nesta espera
Discutindo o não vivido
Verso quebrado corpo ungido
E se doer eu sei que sara
Porque a gente é coisa rara
O nosso amor é coisa rara

Há: pedra e Rocha!

As letras

São apenas menos de três dezenas
Formadoras de diversos sistemas
Aqueles dos quais usamos apenas
Para viver nossa vida de lemas
Quero aqui deixar registrado
Algum que fica guardado
De convivência no passado
E de lembranças no meu cofre lacrado
Foram tantos dias de quereres
Outros tentando demonstrar poderes
Mas afinal de contas somos apenas seres
Do A ou Z buscando mais saberes
Nos:
Conhecemos
Amigamos
Desamigamos
Ficamos
Brigamos
Perdemos
Choramos
Morreram
Partiram
Chegaram
Esperamos
Conjugamos muitos verbos que vão além do dicionário
Porque a vida está muito além de ser apenas um armário
Um baú de se guardar quinquilharias e se fazer um glossário
Enciclopedicamente, diria que devemos consultar
Para sermos também consultados
Pois o Homem é um bicho de uma asa
E pra voar é necessário estar abraçado
E colado ao outro com uma cola chamada diálogo
Deixo aqui de usar das palavra rebuscada
E abro o peito como quem vai dar um “uta”
Recebendo o novo, o diferente, dando uma virada
Me convertendo de um caminho filho daquela
Pois as uniões das letras
Que formam sílabas
Que têm seus sons
Que formam palavras
Palavrões
Um mundo
Imundo
Que está lá fora
No fundo
Confundo
Num segundo
Com o meu próprio que está aqui em mim
E que também me cerca
Que mostram o nosso eu
A outros eus
O eu em que estamos naquele momento
Pois não podemos falar que somos
Quando na verdade apenas estamos
Então
Aja, aja, aja, aja, aja
Para que haja um mundo mais receptível
Pois fazer “abcdefghijklmnopqrstuvwxyz”
É muito mais do que verificar suas regras de uso
É não ter o dito preconceito lingüístico
É rasgar a gramática e fazer outro rascunho
Tentar ver a nova possibilidade
De regras para serem quebradas
Porque para que se faça um concerto
É necessário empiricamente e imperativamente
O desconserto daquilo que está errado
Quebrar erros
É quebrar a nós mesmos
Sermos humildes
Vendo o gris da tarde
E perceber que há um mundo muito além do descontrole do homem
E que existimos nós
No presente-mais-que-perfeito
Apaguemos pois as letras
E deixemos que a vida fale mais alto
Não atiremos mais nenhuma pedra
Antes as tiremos das armas
Porque a vida é uma metáfora
Não existe o real igual a todos
Se você for inteligente verá que está ____ fora *tudo
Existe uma linguagem mais alta do que nós podemos supor
A verdadeira linguagem da alma
Aquela que é azulvermelhaverdepretabrancaamarelarosa
E cheirosa
E boa

Há: tudo aquilo!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Cientificamente: não anote

É aquela velha história. Uns sabem outros não. Uns entendem e outros não. Uns aprendem, já outros... Tem aqueles que sabem que têm que aprender a entender, outros não se deixam ouvir. Uma coisa estranha: sempre copio algo em mim, não em alguma coisa. Uma prova disso: esse blog! Não escrevo coisas teóricas. Nem pressuponho uma forma correta e outra justamente contraposta. Você tem que pensar! Viajar nas palavras e fazer seus próprios textos. Isso mesmo! Você leitor é na verdade um interlocutor do texto! Então muitas vezes reincido coisas. Em usos diferentes. tenho aprendido muito sobre o ensino. A velha-nova história. Na verdade, tenho reincidido conceitos e abstraído suas importâncias. Interlocutados por cientistas. Cientistas da língua. estou aprimorando a mim. Mas, não sei o que há as vezes. Tenho dias de mais inspirações... Em outros o melhor é ficar mais ouvinte. Ser mais científico. Tenho mais alguns minutos pra começar outro treinamento. Aquele velho retrato preto-e-branco sendo digitalizado.
abraços e pernas, beijos e vertigens, flores e merda = C[Z.N]

quinta-feira, 26 de março de 2009

vinte e five no dia twenty e cinco

Entrei nos 25. 25, na linguagem-de-hoje-em-dia, seria um coração aberto, retalhado. Acho que o meu assim se encontra um pouco. Vinte-e-cinco. 25. Comecei a pensar nos diversos significados do número 25 e comecei a ver algumas coisas: tem raiz exata (5), é um quarto de 100 (1 quarto de 100 ou 1/4 de 100), uma idade estranha. As mudanças são mais internas do que externas. São mais refletidas. Baseadas nos eventos da vida. Que nem foram tantos assim, mas foram eventos que de certa forma formaram meu próprio tribunal. Odeio ser o juiz. Ter que julgar alguma coisa baseado nas minhas experiências. Mas, todos fazem isso. O tempo todo. Até a criança que não põe mais a mão na tomada, ou porque levou uma bronca, ou porque levou um choque. Percebe? Ela levou. Pegou algo que não estava com ela, julgou, decidiu e opinou. FAZEMOS ESCOLHAS O TEMPO TODO. Não estou num dos meus melhores dias. Talves escolhas minhas e dos outros em relação as minhas me fizeram estar assim. Ter 25 anos hoje, não foi uma coisa que eu escolhi. Mas meus pais talves sim. Eles me fizeram. A vida daqui pra frente, e mesmo antes de escrever essa linha, acontece por decisões. Até a própria essa linha. Pense na linguagem. É uma coisa viva também. Não existem regras efetivas capazes de nos julgar culpados ou inocentes. Fazemos coisas, mantemos diálogo. Mesmo as vezes sem proferir uma palavra com a boca. Talves você nunca tenha escutado minha voz. Mas eu esboço um diálogo com você através daqui. Estou pensando no que estou escrevendo, você está lendo, e fazendo-produzindo novos pensamentos. As fichas caem. O cartão passa. A linguagem dialoga. Sempre um diálogo diferente. Sempre algo novo. mesmo que seja qual for a idade, coisas novas, baseadas nas velhas-novas, nascem. É uma ruminação de idéias de fatos. Os 25 vão e voltam na minha cabeça. E me fazem o novo momento. O novo dia. Um novo eu a cada dia. mesmo com coisas que não mudam. Aliás, essas existem?

Há: pernas e braços, vertigens e beijos, merdas e flores!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Um novo ano de novas coisas novas



Aqui estou em mais um estágio do processo evolutivo da minha alma. Se bem que minhas partes todas ficam diferentes com o decorrer do tempo. Acho que é a alma, com os textos que ela lê, que se torna eternamente responsável por aquilo que digere. Algumas passam decidem se tornar ruminantes eternas de fatos já encerrados. Outras, assim como a minha (acho), decidem sacudir o pó da demolição, limpar terreno e pensar na nova casa. Já construi e densconstrui algumas delas. Todas em processos e situações diferentes, mas de uma mesma construtora... Não com os mesmos materiais... Os fornecedores entram em processo de falência, falem e param de distribuir. Ou seja, somos obrigados a procurar outro, ou deixar que um desses novos nos batam a porta, e com toda a cordialidade possível recepcionamos. O foda é que nem sempre estamos de bem com a vida, de bons humor e paciência (no masculino mesmo). pensar nos textos! Isso faz a diferença! É algo fascinante quando conhecemos uma tatuagem, por exemplo. daquelas que já estão afixadas em algum corpo, cujo qual conhecemos mas ainda não tivemos a oportunidade de ver a tatuagem nele em si, apenas fotos dele. Dela. E formamos na mente uma colagem de como possa ser na real. É o mesmo que imaginar a tatuagem de um artista de TV. Você o vê. Acha que o conhece. O acha lindo. Mais linda ainda a tatuagem. Ele invade sua casa. Entra nela toda noite quase. mas de fato, não o conhece. Está distante como as araras em uma gaiola no zoo. Inspiram poesias. Apenas as imagens. Pois aquilo que é real de fato ainda não se sabe. Não o sabe. Não sabe. Sabe? parece que tudo o que é linguagem acaba virando poesia. Até a das tatuagens. Que acabam tendo razões de que só o tatuado, na maioria das vezes é que as sabe, mas que todos tem acesso à tatuagem por fotos. Engraçado, pois se pensarmos na mente humana, perceberemos que os pensamentos das coisas estão nas conexões neurais que o homem faz. E não nas coisas. Ora, então oxalá meu Pai: o homem é um ser de locução, locuções, e o que o difere dos outros animais é que ele faz pensamentos próprios de domínio acerca daquilo que lhe é exposto. Puta que paril! Confundi a cabeça do meu leitor! Até a minha mesma (cabeça)! Voltemos no texto! (...) Continuemos: ah sim! acerca dos textos das tatuagens. No livro de saramago, que continuo a ler, existe um elefantepresente, ou presente-elefante, hefenize o que quiser, que possui pintas pelo corpo. Pintas tidas feias. recuperadas após o banho do elefante. Mas, as pintas não são feias! É o olhar de quem as vê que assim as torna! Assim, voltando da pintas pras tatuagens, resolvi observar uma delas de forma a buscar-lhe beleza... E achei:



Cicatriz

Marca na pele da alma
Revela coisas passadas
Das que aflige e acalma
O caminhante e suas pegadas

Pras noites escuras: sons
Pra gente ouvir o aluecer
Pros peitos abertos: dons
Caminhos entre o eu e você

Dizer o que quero agora
Não me realiza o encontro
Apenas o hematoma provoca
Não muda, não fere: não marco

Quero marca-lo pra sempre
Pra selar entre nós algo mais
Ser amigo pra sempre, não outro,
Companheiro, sincero e algos tais

Quero crescer com você daqui pra diante
Nos melhores momentos da nossa história
Naqueles que nascem e crescem brilhantes
Modificados por nós em perfeita hora

Cicatrizes são mais fortes que manchas, que imagens
E amizades são os perfeitos parentes que escolhemos
Como uma tatuagem que cobre nossa pele pra sempre
O amor é cicatriz mais forte que qualquer outra que esperemos



Há: braços e pernas, beijos e vertigens, flores e merda!
Fico aqui.

domingo, 22 de março de 2009

soletrando

Conheço coisas separadas, coisas juntas, coisas que somam, que me dimineum (ou tentam)... Infelizmente de algumas delas sou levado a me afastar. Coisas que são publicadas por minha pessoa. Em edições diárias. Melhores que este blog que escrevo. São coisas mais reais. Acontecimentos. Mesmo que virtuais somente. Mas parece que sempre tem algo me puxando pra cima e outro algo me puxando pra baixo. E eu me mudo em mim mesmo. Os textos aparecem sempre pelas palavras e letras. Porém, meu corpo muda muito. E os textos que produzo, mesmo que os queira eu com o mesmo sentido. Não têm. Uma coisa boa pra você pensar como me sinto. Estou em constante acordo e desacordo ortográfico comigo mesmo. Sempre tendo que me adaptar a novos usos. Isso me choca. As vezes me eletriza e outras me deixa choco. Vamos indo!

Há: braços e pernas, beijos e vertigens, flores e merda!

sexta-feira, 20 de março de 2009

As Gardênias (Marsha Arons - tradução de Sergio Barros)

Todo ano em meu aniversário, desde que fiz 12 anos, um gardênia branca me era entregue anonimamente em minha casa. Nunca havia um cartão ou uma nota, e as chamadas à floricultura eram em vão porque a compra era feita sempre em dinheiro. Após um tempo, eu parei de tentar descobrir a identidade do remetente. Me deliciava apenas com a beleza e o perfume mágico daquela perfeita flor branca suavemente envolvida em papel rosa. Mas eu nunca parei de imaginar quem poderia ser o remetente.
Passei alguns de meus mais felizes momentos em devaneios sobre alguém maravilhoso e emocionante, mas demasiado tímido para tornar conhecido sua identidade. Em minha adolescência, era divertido especular que o remetente poderia ser um menino apaixonado. Minha mãe sempre contribuía com minhas especulações. Perguntava-me se haveria alguém para quem eu tivesse feito uma bondade especial, que pudesse demonstrar a apreciação anonimamente. Lembrou-me dos tempos em que eu deixava minha bicicleta para ajudar nosso vizinho a descarregar o carro e cuidar para que as crianças não fossem para a rua. Ou talvez o misterioso remetente fosse o senhor idoso do outro lado da rua. Eu freqüentemente recolhia sua correspondência na caixa e o entregava, assim ele não teria que se arriscar descendo a escada congelada.
Minha mãe fez o melhor que pôde para aguçar minha imaginação sobre a gardênia. Queria que suas crianças fossem criativas. Também queria que tivéssemos a sensação de sermos estimados e amados, não apenas por ela, mas pelo mundo todo. Quando fiz 17 anos, um menino machucou meu coração. Naquela noite tudo o que eu queria era dormir. Quando acordei pela manhã, havia uma mensagem, feita com batom, em meu espelho: "Saiba, quando meio-deus se vai, os deuses chegam".
Pensei sobre essa frase por muito tempo, e a deixei onde minha mãe a escreveu até que meu coração se curasse. Quando eu limpei o vidro, minha mãe sabia que tudo estava bem, novamente. Mas havia algumas feridas que minha mãe não poderia curar. Um mês antes de minha formatura, meu pai morreu, repentinamente, de um ataque de coração. Me desinteressei completamente por minha formatura e pelo baile, pelo qual eu tinha esperado muito. Minha mãe, em meio à seu próprio sofrimento, não admitia que eu faltasse.
Um dia antes da morte de meu pai, ela e eu saímos para comprar um vestido para o baile e encontramos um espetacular. Mas era do tamanho errado, e quando meu pai morreu, no dia seguinte, eu me esqueci do vestido. Minha mãe não. Um dia antes do baile, eu encontrei o vestido esperando por mim - no tamanho certo. Eu posso não ter me importado em ter um belo vestido novo, mas minha mãe se importou.
Ela se importava em como suas crianças se sentiam sobre si mesmas.
Ela nos imbuiu com um sentido mágico e nos deu habilidade de ver a beleza mesmo na hora da adversidade.
Na verdade, minha mãe queria que suas crianças se vissem como a gardênia - encantadora, forte, perfeita, com uma aura mágica e um pouco de mistério.O ano em que minha mãe morreu foi o ano em que pararam de chegar as gardênias.

domingo, 15 de março de 2009

Se é você

Eu não sei o que encontrei
Só sei que acho que vi alguém
Conversei com ele
Até me senti ser tocado
E sentia que o podia tocar
Mas não sei se de fato aconteceu
Dentre outras coisas que achava real
Na verdade eram sonhos
E em coisas boas mais sonhos ainda
Não sei se o toquei
Mas aquela sensação ótima
Aquele cheiro maravilhoso
Aquela química explosiva
Por favor
Se existir
Se for você
Eu nunca mais quero perder

Houve: beijos, beijos, beijos e muito carinho!

LIBERTAS QUE SERÁS TAMEM

A liberdade da bandeira
É a falsa liberdade do povo
Aquela falsa e derradeira
Daquele que come arroz e ovo

Fazer a arte no anonimato
Não é coisa fácil de construir
Talvez ali no meio do mato
Seja mais fácil para bulir

Disseram no meio de tanta arte
Que gritaram a independência
Deixaram, entretanto, à nossa sorte
A busca da arte num samba de cadência

E só encontramos a morte que arde
Bebendo e sentindo o aroma
Na xícara de cianureto, a do chá da tarde
Liberdade independente e anônima

terça-feira, 10 de março de 2009

a velocidade das atitudes

zummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
É muito rápida! Cada atitude que um ser toma resulta em outra de volta muito rapidamente. Acredite. As coisas na minha vida têm passado por processos mais rápidos que a luz. Muito rápidos mesmo. Ainda lembro de coisas de mim de antes e nem tive tempo para refletir no mim de agora. O processo é rápido, não vou falar que é indolor. Mas é bem rápido! Línguas novas aparecem na minha vida e o processo para absorve-las é simples. Basta deixar com que suas atitudes a queiram em você. Permitam entende-la. Vai tudo de uma boa aceitação. Se for em mais pessoas ainda melhor. Uns com mais experiências. Outros com menos. A primeira vez é demais! Como dizia Einstein A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original. Isso é fato. Coisa de um ano e meio e você já está absorvido. Comigo foi num fim de semana. Ainda tenho muito o que praticar, mas já estou dentro. É uma lingua excellent.
Há: tudo no globo!