Bem vindo!

Bem vindo!

A hora... tic tac tic tac

Conte até sessenta. Eu espero. Agora até sessenta mais 59 vezes. Os números tem que ter um espaço da batida do coração. Contou?

Pois é. Isso é 1 hora. Na minha hora, que é tempo para caramba, coloco coisas sobre as outras 23. Desde movimentos a sonhos. Do preto ao branco. Do sóbrio ao bêbado. De um dente a uma banguela. Você não gasta uma hora para ver aqui...

Fala "PRA" que é mais rápido e mais bonitinho e economiza tempo!

Nessa hora,

há: braços e pernas, beijos e vertigens, flores e merda!

sábado, 28 de março de 2009

sentindo a coisa rara em um quarto de cem anos



Em tempos de pensamentos fartos, surgem pessoas em nossas vidas. Daquelas que já conhecíamos de outros cantos. Mas que de repente entram com mais calor. Mais fogo. De amizade, ou sei lá o que. Mas vem. É ótimo conhecer pessoas assim. Pessoas diferentes daquelas que conhecemos. Aliás, eita frase absurda. Todas as pessoas são diferentes. Mas existem diferenças que são mais iguais. As que conseguem conviver. Aquelas que apreciam a convivência. Deu de me dar alguns goles de conselho. Engasguei... Mas foi bom! Coloquei pra fora coisas que não são de mim, mas vem até mim. Sei lá por quem. As vezes pela simples vida de outro. Ou pelos próprios pensamentos meus. Fiz então uma poesia. De uma frase que me veio com as cinzas do cigarro. Eu sou um quarto de cem anos. 1/4 de 100 anos. Por causa dos meus 25. Percebi que tenho uma idade séria dee se viver. Uma idade poética. e fiz uma poesia. Aqui vai ela.

a minha casa já tem mais de mil anos
suas janelas dão direto para o céu
seus corredores deixam as salas bem nos cantos
e as paredes ainda são feitas de papel

eu sou um quarto de cem anos
deitam na cama e posso sentir o mel
um quarto com seus próprios desenganos
meus vinte e cinco pendurados num cordel

não tem portas que separem os cômodos
nem fechaduras que protejam o anel
ficamos escondidos atrás de panos
cobertores e lençóis fazem a vez de quartel

eu sou um quarto de cem anos
daquela cama até posso sentir o fel
é um quarto onde podemos e amamos
os nossos atos não são apenas mais um creu

aqui podemos ser quem desejamos
Dartanhã, Aramis ou até mesmo Rapunzel
eu pra você traço os meus próprios planos
ser Porthos e Athos num imenso carrossel

eu sou um quarto de cem anos
no trem do século vou com lápiz e papel
e anoto os meus desejos sobre-humanos
encaixando as vertigens ao nosso léu

naquela casa há outros quartos construídos
pra existir os outros cobram aluguel
essa é a vida que temos e ganhamos
com nossos sonhos desenhados com um pincel

eu sou um quarto
um quarto de cem anos
inventando outro sentido em meu painel
pendurando outras imagens e novos planos
pra vivermos como
juiz e réu
justiceiro e coronel
Caim e Abel
Você e eu




Há: tudo sobre quatro!

Nenhum comentário: